quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O poder nas mãos dos maus


“ De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar os poderes nas mãos dos maus, o homem chega desanimar-se da virtude, a rir-se da honra , a ter vergonha de ser honesto “

Graaaande Rui.

Pena que sua lição se encaixe perfeitamente em relação à Administração Pública de Guarujá, senão vejamos :

Hospital Ana Parteira fechado ( falta leitos na cidade ), contrato de lixo 50% mais caro que o da gestão antecessora, caos administrativo, contratos declarados nulos pela justiça, funcionários públicos perseguidos, falta de médicos e professores, R$ 52.000.000,00 para revitalizar a Praia de Pernambuco, etc...

E agora a entrega à iniciativa privada da Praça Horácio Lafer, ... é, é aquela defronte à praia, no começo da Enseada.

Tenho a impressão que falta freio moral à Administração da Senhora Prefeita Professora Maria Antonieta de Brito.

Em verdade, a intenção da Prefeita em desafetar ( tornar passível de negociação ) a Praça é imoral em razão da ausência de locais dignos de lazer para a população de Guarujá e Vicente de Carvalho usufruir.

Ali deveria ser realizado pela municipalidade um projeto que agregasse atividades educacionais e de lazer, especialmente em proveito das crianças e adolescentes da camada menos favorecida economicamente.

O resultado seria a capacitação profissional dos futuros cidadãos economicamente ativos de nossa cidade.

Mas não, a Prefeita nega seu discurso do passado que era contra privatização de bem público e a favor da justiça social, promovida pelo acesso aos bens e serviços públicos aos menos afortunados.

Afinal quem é a verdadeira Antonieta ? a do passado ou a do presente que fingiu ser do bem para chegar ao poder ?

Além de imoral, a desafetação da praça é ilegal, pois a Lei Orgânica de Guarujá prevê, em seu artigo 117, proíbe a doação ou a venda de praças:


Art. 117. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos públicos, salvos pequenos espaços destinados ao exercício do comércio eventual.

Portanto, Senhores Vereadores e população de Guarujá e do Itapema, nossa obrigação é não calar diante de tamanha inversão de valores, amparada pelo falso discurso de moralidade, eficiência e comprometimento com as causa justas em nossa cidade.

Ser bem administrado é Direito, e Direito não se pede, Direito se exige !




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