CUIDADO COM AS PESQUISAS ELEITORAIS

A pesquisa de intenção de voto no Brasil se tornou elemento decisivo nas eleições, tão importante, que o investidor de campanha somente apóia “seu” candidato depois de dar uma olhadinha na “ pesquisa “.

Até aí, tudo bem...., desde que as pesquisas retratem a vontade do povo, sem manipulação, como por exemplo utilizar como campo ( região onde é feita a pesquisa ) um número maior de cidades onde um dos partidos que disputam a Presidência tenham as Prefeituras.

Eu explico.

No Brasil o PSDB tem 785 e o PT tem 547 Prefeituras.

Na última pesquisa do IBOPE para a Presidência da República foram feitas entrevistas em 39 cidades onde o PSDB e coligados têm a Prefeitura, e em 132 cidades onde o PT e coligados têm a Prefeitura.

A intenção de voto pode não haver sido manipulada, mas o resultado final é influenciado pela metodologia que eu batizo de engenharia maldita de comunicação.

Fazendo um paralelo, seria como entrar no Morumbi lotado com 100 mil torcedores, 50 mil palmeirenses e 50 mil corinthianos, se dirigir à torcida verde e perguntar : - quem vai ganhar o jogo ? a resposta é obvia.

Pesquisa honesta é aquela cuja metodologia leva em conta as forças políticas locais, ou seja, pesquisa verdadeira é aquela que, em razão de a eleição estar polarizada entre PSDB e PT, é feita nos Estados em número igual de cidades que tenham Prefeituras do PSDB e do PT.

Caso contrário o resultado é falso e cria uma onda mentirosa de intenção de voto que acaba influenciando o eleitor.

O Tribunal Superior Eleitoral deveria exigir esta metodologia dos IBOPE e DATAFOLHA da vida.

Mas como ainda não há legislação neste sentido, eu apelo à consciência dos IBOPE e DATAFOLHA da vida para que respeitem o cidadão, apesar de saber que alguns vendem sua consciência, infelizmente.

Portanto, não se iluda com as pesquisas eleitorais, a meu ver estão a favor de algum interesse sórdido.

Ao votar, escolha pelo passado de seu candidato, não pela imagem, ou pela tal da pesquisa, pois somente assim, seu voto será útil ao país, que anda, de joelhos e entregue à corrupção e incompetência administrativa.